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terça-feira, 28 de junho de 2011




Sinto admitir, mas é muito ruim sentir esse misto de sensações. É chato saber que posso estar sendo enganada por minhas próprias emoções e estar alimentando o meu coração com pensamentos e lembranças que EU insisto em trazer ao meu cotidiano. Me pego rindo das suas palhaçadas, falando o seu nome, lembrando de você por diversos motivos e isso me dá raiva. Raiva por me sentir tão fraca e tão boba por causa desse sentimento, se é que já posso chamar assim. Raiva das circunstâncias, dos motivos que me levam a acreditar que assim é melhor e dos que me fazem imaginar que de outra maneira estaria mais contente... ( continua )

segunda-feira, 27 de junho de 2011

. é por esse caminho



"[...] E eu não gosto de me sentir fraca. E porque quanto mais friamente eu agia, mais doce você era e isso me quebra, me derrete toda, não posso aceitar. E porque seria muito interessante saber o que é uma relação de verdade num momento como esse. Eu consegui imaginar minha família te conhecendo, isso pode ser um sinal. De fraqueza ou de destino, eu não sei. Existe mesmo essa coisa de destino? Porque os nossos se cruzaram e talvez isso tenha algum significado. Você quis ver através de mim e eu não deixei. Pedi pra parar de me olhar nos olhos, como sempre faço e você se esforçou muito pra compreender e pra estar comigo desse jeito, fingindo não estar. Não tente entender. [...] tem um pouco de vergonha, tem a ver com seus olhos claros, com seu sorriso perfeito, com as linhas do seu rosto. Uma parte é medo da entrega, mas tem também uma lembrança do dia em que eu te conheci, bem antes de você me conhecer. Talvez seja a dúvida entre manter a solidão ou arriscar a vida de outra maneira. Pode ser. E pode ser que toda essa história tenha se desenvolvido nos dois segundos em que eu fechei os olhos e não precisei abrir pra saber que você estava lá."
Verônica H.

terça-feira, 21 de junho de 2011




Depois de tantas buscas, encontros, desencontros, acho que a minha mais sincera intenção é me sentir confortável, o máximo que eu puder, estando na minha própria pele. É me sentir confortável, mesmo acessando, vez ou outra, lugares da memória que eu adoraria inacessíveis, tristezas que não cicatrizaram, padrões que eu ainda não soube transformar, embora continue me empenhando para conseguir."

Ana Jácomo




Se você ama, diga que ama. Diga o seu conforto por saber que aquela vida e a sua vida se olham amorosamente e têm um lugar de encontro. Diga a sua gratidão. O seu contentamento. A festa que acontece em você toda vez que lembra que o outro existe. E se for muito difícil dizer com palavras, diga de outras maneiras que também possam ser ouvidas. Prepare surpresas. Borde delicadezas no tecido às vezes áspero das horas. Reinaugure gestos de companheirismo. Mas, não deixe para depois. Depois é um tempo sempre duvidoso. Depois é distante daqui. Depois é sei lá...”

Ana Jácomo

Medo






"Você tem medo de se apaixonar. Medo de sofrer o que não está acostumada. Medo de se conhecer e esquecer outra vez. Medo de sacrificar a amizade. Medo de perder a vontade de trabalhar, de aguardar que alguma coisa mude de repente, de alterar o trajeto para apressar encontros. Medo se o telefone toca, se o telefone não toca. Medo da curiosidade, de ouvir o nome dele em qualquer conversa. Medo de inventar desculpa para se ver livre do medo. Medo de se sentir observada em excesso, de descobrir que a nudez ainda é pouca perto de um olhar insistente. Não suportar ser olhada com esmero e devoção. Nem os anjos, nem Deus agüentam uma reza por mais de duas horas. Medo de ser engolida como se fosse líquido, de ser beijada como se fosse líquen, de ser tragada como se fosse leve. Você tem medo de se apaixonar por si mesma logo agora que tinha desistido de sua vida. Medo de enfrentar a infância, o seio que criou para aquecer as mãos quando criança, medo de ser a última a vir para a mesa, a última a voltar da rua, a última a chorar. Você tem medo de se apaixonar e não prever o que pode sumir, o que pode desaparecer. Medo de se roubar para dar a ele, de ser roubada e pedir de volta. Medo de que ele seja um canalha, medo de que seja um poeta, medo de que seja amoroso, medo de que seja um pilantra, incerta do que realmente quer, talvez todos em um único homem, todos um pouco por dia. Medo do imprevisível que foi planejado. Medo de que ele morda os lábios e prove o seu sangue. Você tem medo de oferecer o lado mais fraco do corpo. O corpo mais lado da fraqueza. Medo de que ele seja o homem certo na hora errada, a hora certa para o homem errado. Medo de se ultrapassar e se esperar por anos, até que você antes disso e você depois disso possam se coincidir novamente. Medo de largar o tédio, afinal você e o tédio enfim se entendiam. Medo de que ele inspire a violência da posse, a violência do egoísmo, que não queira repartir ele com mais ninguém, nem com seu passado. Medo de que não queira se repartir com mais ninguém, além dele. Medo de que ele seja melhor do que suas respostas, pior do que as suas dúvidas. Medo de que ele não seja vulgar para escorraçar mas deliciosamente rude para chamar, que ele se vire para não dormir, que ele se acorde ao escutar sua voz. Medo de ser sugada como se fosse pólen, soprada como se fosse brasa, recolhida como se fosse paz. Medo de ser destruída, aniquilada, devastada e não reclamar da beleza das ruínas. Medo de ser antecipada e ficar sem ter o que dizer. Medo de não ser interessante o suficiente para prender sua atenção. Medo da independência dele, de sua algazarra, de sua facilidade em fazer amigas. Medo de que ele não precise de você. Medo de ser uma brincadeira dele quando fala sério ou que banque o sério quando faz uma brincadeira. Medo do cheiro dos travesseiros. Medo do cheiro das roupas. Medo do cheiro nos cabelos. Medo de não respirar sem recuar. Medo de que o medo de entrar no medo seja maior do que o medo de sair do medo. Medo de não ser convincente na cama, persuasiva no silêncio, carente no fôlego. Medo de que a alegria seja apreensão, de que o contentamento seja ansiedade. Medo de não soltar as pernas das pernas dele. Medo de soltar as pernas das pernas dele. Medo de convidá-lo a entrar, medo de deixá-lo ir. Medo da vergonha que vem junto da sinceridade. Medo da perfeição que não interessa. Medo de machucar, ferir, agredir para não ser machucada, ferida, agredida. Medo de estragar a felicidade por não merecê-la. Medo de não mastigar a felicidade por respeito. Medo de passar pela felicidade sem reconhecê-la. Medo do cansaço de parecer inteligente quando não há o que opinar. Medo de interromper o que recém iniciou, de começar o que terminou. Medo de faltar as aulas e mentir como foram. Medo do aniversário sem ele por perto, dos bares e das baladas sem ele por perto, do convívio sem alguém para se mostrar. Medo de enlouquecer sozinha. Não há nada mais triste do que enlouquecer sozinha. Você tem medo de já estar apaixonada."

Fabrício Carpinejar




"Se você souber olhar as coisas dum jeito mágico, tudo fica mais bonito."

Caio Fernando Abreu

sábado, 18 de junho de 2011






Não goste apenas do amor!
Goste de alguém que te ama, alguém que te espere, alguém que te compreenda mesmo nos momentos de loucura; de alguém que te ajude, que te guie, que seja seu apoio, tua esperança, teu tudo.
Goste de alguém que nao te traia, que seja fiel, que sonhe contigo,
que só pense em você, que só pense no teu rosto, na tua delicadeza, no teu espírito e não no teu corpo nem nos teus bens..
Goste de alguém que te espere até o final, de alguém que seja o que você escolher.
Goste de alguém que sofra junto contigo, que ria junto a ti, que limpe tuas lágrimas, que te abrigue quando necessário, que fique feliz com tuas alegrias e que te dê forças depois de um fracasso.
Goste de alguém que volte pra conversar com você depois das brigas, depois do desencontro, de alguém que caminhe junto a ti, que seja companheiro, que respeite tuas fantasias, tuas ilusões.
Goste de alguém que te ame.
Não goste apenas do AMOR, goste de alguém que sinta o mesmo sentimento por você, que goste realmente de você...”

Luís Fernando Veríssimo





"Faz frio hoje. O inverno está chegando. Estranho, o inverno sempre me deixa um pouco mais profundo. Me volto para dentro de mim mesmo tenho a impressão exata de que me pareço com um dos plátanos da praça aí de baixo: hirto, seco, mas guardando alguma coisa por dentro. — quem sabe, se não é apenas o derrubar das folhas?"

Caio Fernando Abreu

sexta-feira, 10 de junho de 2011

. é escrevendo que me expresso melhor





09/06/11 (aula de geografia)
Na verdade é bem mais complicado do que realmente parece ser. Eu, como sempre, levo tudo a um estágio dramático altíssimo. Você foi de um jeito que talvez, eu sempre esperei que alguém fosse, disse coisas que, sinceras ou não, eu queria que alguém dissesse. Mas, como nem tudo na vida é simples, teve aquilo que você gosta de chamar de "força maior" (Rs'). sinceramente, falando de forma como se não houvesse esse fator, a verdade é que me agradou SIM. Porém, como você mesmo já disse várias vezes, não sou muito normal e minha maturidade não é condizente com a minha idade, e, além da minha maturidade vem a minha espiritualidade. Para mim ela é mais importante que a minha vontade, pois com ela posso alcançar a vontade de Deus. Não sei se o jeito que está é a vontade dEle, mas também não sei te dizer se o contrário seria. Como eu disse, eu descobri que realmente sei ser uma 'pedra' em relação a demonstrar o que sinto quando é PRECISO.
Tirando todos os fatores contrários, acho que poderia ter dado certo, até porque, a gente se entende, sabe conversar. Se eu fiz ou deixei de fazer algo que não alcançou suas expectativas, peço que me perdoe, mas eu não poderia passar por cima da vontade da pessoa que, depois de Deus, mais me ama aqui na Terra: minha mãe.

10/06/11 (aula de biologia)
Apesar de você ficar dizendo que "tá de boa" e que não é mais criança, então pra você isso é tranquilo, eu me importo da mesma maneira que sempre me importei com as pessoas. É meu jeito. O que acho mais estranho ou surpreendente é a maneira notável em que você fez várias mudanças. Coisas que, acredito eu, você realmente não estava acostumado a fazer e eu admiro isso. Mas, agora é que vem a "prova" de que se essas mudanças são reais ou se foram temporárias, pois quando se tem um objetivo pelo qual realizar essas mudanças, é mais motivador, porém agora que não deu certo é que elas têm que permanecer porque, vai por mim, foram muito positivas. E quanto as muitas conclusões que tirei, realmente foram muitas, mas acho que consegui expressar algumas aqui; já outras, ainda guardo para mim ou, sinceramente, ainda não consegui organizar em frases concretas, talvez por serem ideias tão dispersas ou contraditórias.
Uma certeza eu tenho: Deus tem um propósito muito grande com tudo isso, mesmo que ainda não estejamos conseguindo enxergar! Espero que nossa amizade prevaleça, pois amo conversar com você e sempre serei a chata que vai te dar bronca quando precisar. E se eu nunca disse isso, OBRIGADA por TUDO! A "tia Lícia" gosta muito de você! (:

domingo, 5 de junho de 2011






Coração está apertando de novo, aquela sensação que parece que o mundo não tem ar suficiente. Certas coisas me causam isso. Mas creio que algo muito bom está por vir, pois quando Deus está no controle do barco o rumo da viagem pode inverter de repente para um caminho que não foi o planejado por você, mas sim por Ele. E te dou a garantia de que este caminho é o melhor. É um caminho que por mais que haja obstáculos ou abismos, Deus vai te levantar para passar por cima deles e te sustentar quando cair. Portanto, decido passar por cima desse aperto no coração, que angustia minha alma e entregar meu fardo e minhas preocupações nas mãos do Senhor. E pronto. Tudo estará tranquilo, em seus devidos lugares e de forma que seja feita a vontade do Deus vivo.








Só queria alguém que me compreendesse sem eu precisar dizer muita coisa, e, se tenho isso, não posso alcançar. Ou não é real.